Salmo do Curador Vivo

Ao Deus dos Exércitos, Criador dos Mistérios Sagrados

1. Ó Deus dos Exércitos, Deus dos deuses, Cristo Jesus,
   

   sejas louvado eternamente — Tu és o maior ser espiritual de todos os tempos.

2. Formaste as estrelas com o sopro, e as folhas com propósito;
   

   Esculpiste rios através das selvas e sabedoria no silêncio.

3. Tu és o Senhor que não habita apenas em templos feitos por homens,
   

   mas no coração de uma folha, na oração de um curador,
   

   no sussurro de uma árvore, na visão de um homem santo.

4. Quem, senão Tu, ó Criador dos mistérios,
   

   poderia colocar cura em uma videira, e revelação na casca de uma árvore?

5. Quem além de Ti poderia soprar sobre o pó e criar não apenas carne —
   

   mas o próprio dom da cura dentro de frágeis humanos?

A Floresta que Oculta a Cura

6. Escondeste remédios nas sombras verdes;
   

   Ungiste a Amazônia com segredos que a ciência não consegue nomear.

7. Fizeste a folha que ensina,
   e a flor que canta visões para a alma.

8. Ó Senhor, a floresta curva-se a Ti —
   ela se abre ao humilde e se fecha ao orgulhoso ao Teu comando.

9. O veneno que mata pode curar,
   e a raiz que fere pode salvar,
   

   se apenas nos aproximarmos com reverência ao Deus que as criou.

10. Que todo explorador caia de joelhos;
    

    Que todo estudioso peça para ser ensinado — não para dissecar.

Humanos que Carregam a Cura

11. Tu és o Deus que não planta cura apenas nas folhas —
    tu a plantas nos humanos.

12. Na boca do profeta,
    nas mãos do sacerdote,
    

    na sombra do consagrado,
    e no clamor de uma mãe que sabe orar.

13. Preencheste alguns com visões de cura.
    

    A outros deste dons para falar ao espírito e ordenar às doenças.

14. Eles não podem ser escaneados. Seu dom não pode ser engarrafado.
    

    Eles não são milagres — são vasos.

15. Ó Senhor, Tu fizeste isso — Criaste carne e a chamaste sagrada.
    

    Fizeste do homem um templo de cura,
    e da mulher uma fonte de poder,
    

    e Tu caminhas entre eles em mistério.

Um Alerta aos Orgulhosos

16. Mas quando os homens vêm com orgulho,
    

    a floresta se esconde. O espírito se cala.

17. Quando zombam do curador e silenciam o consagrado,
    

    quando riem do monge e dissecam o profeta,
    

    Tu retiras a cura e a selas no fogo santo.

18. Pois Tu não és um Deus que pode ser forçado —
    

    Tu és um Deus que responde à reverência.

19. Tu és o Santo que habita na humildade e responde à adoração,
    não ao bisturi e à ganância.

Um Clamor por Cura

20. Agora, ó Deus dos Exércitos, clamamos a Ti:
    

    Que o espírito da cura se levante novamente!

21. Que a terra proclame Seu poder de cura mais uma vez!
    

    Que os dotados se ergam novamente com fogo e compaixão!

22. Cura-nos, Senhor — não apenas no corpo,
    

    mas na alma, na memória, no espírito, no silêncio.

23. Cura a ferida que nenhum médico pode ver,
    

    quebra a corrente que nenhuma pílula alcança,
    

    e silencia a tempestade que se ergue em nossas mentes.

Louvor Final

24. Bendito seja o Deus dos Exércitos, o Criador do invisível.
    

25. Bendito seja Cristo Jesus, que caminha entre as árvores e os profetas,
    

    entre as folhas curativas e as mãos ungidas.

26. Tu és o Espírito que não pode ser capturado, mas pode ser acolhido.
    

    Tu és o Sopro que não pode ser analisado, mas pode ser louvado.

27. Ó Grande Curador,
    Tu plantaste sabedoria nas florestas,
    

    Derramaste poder em vasos escolhidos,
    

    e ainda caminhas entre nós, invisível — porém próximo.

28. Cura-nos, ó Deus dos Exércitos,
    pois nos curvamos perante Teus mistérios,
    

    honramos Teus dons,
    e cremos em Teu poder.

29. Amém. Amém. Amém